17 de maio de 2008



Dia desses conheci uma jovem nascida em Carpina (A Floresta dos Leões), porém radicada no Recife há alguns anos. Ao saber do meu envolvimento com o cordel disse-me que aprendeu a gostar dessa poesia popular por intermédio dos seus professores. Conversa vai, conversa vem, acabamos por nos apresentar e ela revelou seu nome: Camila Cristina. Perguntei-lhe como costumavam lhe chamar ao que respondeu: - Camila, Cristina, Tina, Mila. Qualquer um que chamar eu respondo. Mas escolha um apenas. Feita a escolha, não pode mudar.
Disse-lhe que como poeta gosto de explorar a sonoridade das palavras e pedi-lhe uma exceção. Mas mulher é bicho danado, cheio de nove horas, então ela me disse que só faria tal concessão se eu mostrasse que valeria a pena. O jeito foi usar a arma que trago comigo (a poesia) e fiz-lhe estes versos:

CAMILA lembra a Pitanga
E da fruta o bom sabor
CRISTINA me lembra Cristo
Deste mundo o Salvador
TINA me lembra Rolo
MILA vai entrar de bolo
Vou ter exceção, amor?

Obtive a permissão para usar mais de uma alternativa, e mais que isso, descobri que a garota também leva jeito para os versos, pois o pouco de pé-quebrado que aparece na estrofe que ela me mandou revela apenas que ainda não foi alertada para os rigores da métrica do cordel tradicional. Eis a sua resposta:
Depois desse versinho
não tem como não conceder
uma pequena exceção
ao cara que acabo de conhecer,
que demonstra que é poeta,
que escreve na dose certa
e que fez por merecer.

Valeu, amiguinha Cris!
Beleza, Tina!
Muito massa, Mila!
Coisa boa,Cristina!
É isso aí, Mila!
Vamos em frente Camila!

5 de maio de 2008

Aniversário da Unicordel


CidaPedrosa declamando (Foto João Campos)