Paulo Moura declamando no palco Cuiltura Popular - FIG 2009 (Garanhuns-PE)
Cumprida a missão de levar a Unicordel ao Festival de Inverno de Garanhuns, onde estivemos com estande no Pavilhão de Artesanato, recital no palco Cultura Popular (Av. Santo Antônio) e participação no recital aberto da Casa da Palavra (Avenida Santa Rosa), consigo relaxar e mexer novamente com os versos.
Através do orkut, a pesquisadora Bethânia Pontes fez contato comigo (por sugestão da minha amiga Lina Fernandes-Rádio Folha) pedindo versos que tratassem de águas e/ou rios, para ilustrar um trabalho seu sobre o Rio Paratibe. De imediato, apresentar-lhe alguns cordéis que conheço sobre tais temas, escritos pelos amigos Altair Leal, Ismael Gaião e Isabel Lima, além de alguns versos que fiz para o Rio Capibaribe, apresentados no 24/11/08, lá no Capibar, no Dia do Rio. Achei pouco e acabei fazendo também algumas estrofes para o rio objeto de sua pesquisa. Ei-las:
Pirá ty pe ou Paratibe
São os nomes aplicados
Ao “rio das águas claras
E dos peixes prateados”
Expressões que do tupi
Vieram, conforme eu li
Em textos me apresentados.
Mas é dos tempos passados
Água assim tão cristalina
Porque a poluição
Com sua força ferina
Lhe golpeia tão feroz
Agride de forma atroz
Qual raio da silibrina.
É no Riacho da Mina
Que se dá sua nascente
Com o Riacho do Boi
Se encontra mais a frente
Vira então o Paratibe
Deixando Camaragibe
Segue seu curso indolente.
No entanto, infelizmente
O tal curso é um calvário
Vai se enchendo de dejetos
Da nascente ao estuário
Se poluído não fosse
Ao juntar-se com o Rio Doce
Seria extraordinário.
(26/07/09).Concluindo, para celebrar a conquista de uma nova amiga, escrevi mais uma estrofe brincando com o seu sobrenome:
Muito improvável existir
quem seja mais indicado
para falar sobre RIOS
desse jeito apaixonado
do que alugém que já tem PONTES
desde que foi batizado.