
Estátua do poeta Cego Aderaldo (Quixadá-CE) Foto: Zoraia Nunes
Após assistir na noite deste sábado, 19/04, dia do índio e do aniversário do poeta Manoel Bandeira, a apresentação dos participantes do 7º Fenopop - Festival Nordestino de Poetas Populares, no majestoso Teatro Santa Isabel, onde me embriaguei com generosas doses de poesia servidas por Zé Laurentino, Raudênio Lima, Diomedes Marianho, Marinho, Chico Pedrosa e a danadinha da Vassula, além do porre de improviso provocado pelo abstêmio Ivanildo Vilanova e pelo magistral Sebastião Dias, só consegui dormir depois que joguei pra fora os versos abaixo, que estavam avulsamente martelando no meu juízo e que talvez me dessem insônia ou ressaca se não fossem regurgitados.
La vão eles:
O mundo se empalidece
Com tanta notícia ruim
Tanta desgraça acontece
Porque a vida é assim?
Por mais que se faça prece
Pra Javé ou Elohim
A todo instante aparece
Novo herdeiro de Caim.
Na lama da iniqüidade
Se perde no desamor
Quando mais o tempo avança
Mais se vai a esperança
Que tenha fim toda dor.
Ser poeta... é ir bem mais além
Do domínio da métrica e da rima
Exprimir-se de um jeito que ninguém
Além desse poeta assim se exprima.
Enxergar de um modo nunca visto
Descrever de uma forma especial
Surpreendendo assim com o imprevisto
Sobre algo já batido e até banal.
É contar a mesma história milenar
Porém por um ângulo peculiar
Que nos faça dizer: - Eita poeta!
Eu não sei se um dia assim farei
Mas eu tento, eu tento e tentarei
Pois chegar perto disso é minha meta.
Um comentário:
SUA PASSAGEM PELA ESCOLA CORONEL JOÃO FRANCISCO JÁ ESTÁ REGISTRADo NO BLOG CORONÉ CHICO.
cerujoaofrancsico.blogspot.com
Um abraço e sucesso!
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