28 de julho de 2009

De Garanhuns a rios e Pontes


Paulo Moura declamando no palco Cuiltura Popular - FIG 2009 (Garanhuns-PE)

Cumprida a missão de levar a Unicordel ao Festival de Inverno de Garanhuns, onde estivemos com estande no Pavilhão de Artesanato, recital no palco Cultura Popular (Av. Santo Antônio) e participação no recital aberto da Casa da Palavra (Avenida Santa Rosa), consigo relaxar e mexer novamente com os versos.

Através do orkut, a pesquisadora Bethânia Pontes fez contato comigo (por sugestão da minha amiga Lina Fernandes-Rádio Folha) pedindo versos que tratassem de águas e/ou rios, para ilustrar um trabalho seu sobre o Rio Paratibe. De imediato, apresentar-lhe alguns cordéis que conheço sobre tais temas, escritos pelos amigos Altair Leal, Ismael Gaião e Isabel Lima, além de alguns versos que fiz para o Rio Capibaribe, apresentados no 24/11/08, lá no Capibar, no Dia do Rio. Achei pouco e acabei fazendo também algumas estrofes para o rio objeto de sua pesquisa. Ei-las:

Pirá ty pe ou Paratibe

São os nomes aplicados

Ao “rio das águas claras

E dos peixes prateados

Expressões que do tupi

Vieram, conforme eu li

Em textos me apresentados.

Mas é dos tempos passados

Água assim tão cristalina

Porque a poluição

Com sua força ferina

Lhe golpeia tão feroz

Agride de forma atroz

Qual raio da silibrina.


É no Riacho da Mina

Que se dá sua nascente

Com o Riacho do Boi

Se encontra mais a frente

Vira então o Paratibe

Deixando Camaragibe

Segue seu curso indolente.


No entanto, infelizmente

O tal curso é um calvário

Vai se enchendo de dejetos

Da nascente ao estuário

Se poluído não fosse

Ao juntar-se com o Rio Doce

Seria extraordinário.

(26/07/09).

Concluindo, para celebrar a conquista de uma nova amiga, escrevi mais uma estrofe brincando com o seu sobrenome:

Muito improvável existir
quem seja mais indicado
para falar sobre RIOS
desse jeito apaixonado
do que alugém que já tem PONTES
desde que foi batizado.







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