12 de fevereiro de 2007

O ATAQUE DO TUBARÃO
NO BAIRRO DA IPUTINGA
(baseado em fatos reais)


Escutei em Cardinot
Em seu programa outro dia
Uma história interessante
E enquanto aquilo ouvia
Veio no meu pensamento
Transformá-la em poesia.


A história principia
Numa tarde de lazer
Quando um grupo de mulheres
Resolveu então fazer
Uma festa tão somente
Pra curtir e pra beber.


Uma delas se lembrou
Que perto de casa havia
Uma casa com piscina
Cujo dono lá não ia
E a chave dessa casa
Facilmente conseguia.


Ao bairro da Iputinga
Onde esta casa ficava
Foram elas muito eufóricas
E cada uma levava
Bebidas e tira-gosto
Garantida a festa estava.


Chegando, tomaram conta
Da casa, turma porreta!
Ligaram o som nas alturas
Ouvindo Calcinha Preta
Meteram a cara na cana
Sem fazer qualquer careta.


E mais tarde a mulherada
No auge da diversão
Foi pra dentro da piscina
Na maior empolgação
Sem saber que dentro dela
Se encontrava um tubarão.


Um tubarão-tricolor
Rara espécie tropical
Um comportamento dúbio
Apresenta esse animal
Com qualquer coisa se estressa
Mas raramente faz mal.


Mulheres quando se juntam
É garantida a zoada
Tendo bebida no meio
A barulheira é dobrada
Esta festa foi assim
E tome grito e risada!


Todo mundo dentro d´água
Sem querer dela sair
E da cerveja o efeito
Não demorou a surgir
Não deu outra, uma a uma
Ali mesmo fez xixi.


Essa algazarra todinha
E mais a combinação
De bebida e de xixi
Na água, deu reação
Inevitável deixando
“Muito doido” o tubarão.


Até então o sujeito
Tava na dele, quieto
Mas ao sentir o efeito
De tanta mulher por perto
O bicho descontrolou-se
Foi ao ataque direto.


De uma hora pra outra
O tubarão da piscina
Atacou uma por uma
Da vovó à mais menina
Com apetite voraz
Com uma fome ferina.


O tubarão atacou
Todas que estavam ali
Mas dopado com a mistura
De água, álcool, xixi
Não comeu nenhuma delas
Ao menos foi o que ouvi.


Já velho, fraco e doente
Inda mais assim dopado
O tubarão atacava
Deixando o povo assustado
Mas mesmo com tantos botes
Não teve bom resultado.


Nenhuma ali escapou
Do seu ataque voraz
Partia pra cima delas
Ia com gosto de gás
Mas elas se defendiam
Botando o bicho pra trás.


Uma disse: - Te enxerga
Vai-te pra lá, bicho feio
Outra gritou por socorro
Pra sair do aperreio
E a que era mais valente
Para ajudar logo veio.


Uma entrou em desespero
Com medo do tubarão
Revelou-se grande atleta
Campeã de natação
Cruzou a piscina a nado
E nadou até no chão.


Sem sucesso nos ataques
Sem comer nenhum pedaço
De coxa, batata ou polpa
Sentindo o maior fracasso
O tubarão finalmente
Mostrou sinais de cansaço.


E também com as “porradas”
Que levou de muita gente
Deixou em paz as mulheres
Ficou manso novamente
E a festa se acabou
Sem ter maior incidente.


Também acaba a história
Em versos aqui contada

Se foi verdade ou não foi
Não sei disser, camarada
Apenas fiz poesia
De uma história escutada.

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