(João Cabral de Melo Neto)
Pernambuco, tão masculino,
que agrediu tudo, de menino,
é capaz das frutas mais fêmeas
e da femeeza mais sedenta.
São ninfomaníacas, quase,
no dissolver-se, no entregar-se,
sem nada guardar-se, de puta.
Mesmo nas ácidas, o açúcar,
é tão carnal, grosso, de corpo,
de corpo para o corpo, o coito,
que mais na cama que na mesa
seria cômodo querê-las.
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